História

História da CEMADERON

Sede da Cemaderon em Cacoal-Ro
Presidente da Cemaderon Pr. Nelson Luchtenberg

São vários os fatores que poderíamos enfatizar para resgatar parte da história da CEMADERON, reavivando-lhe os principais vultos e momentos. Mas é preponderante aqui, de forma simples e sintetizada, enfatizar a determinação e a garra de homens de Deus que em menos de 50 anos fez grassar a Igreja do Senhor Jesus Cristo nesta terra varonil.

Diversas foram as fases que contribuíram para que a CEMADERON chegasse ao estágio atual. Seu desenvolvimento é decorrente de alguns fatores históricos, que em tempos diferentes se interligaram, consolidando o que é hoje. Em cada fase: homens de Deus, em cada homem de Deus: bravura e fé! 

Assim, a Igreja primitiva em Rondônia, marchou, desbravou, floresceu e fez grandes nquistas de vidas para Jesus.

A primeira fase desta tão importante obra ocorre com o início da igreja em Rondônia, quando o missionário americano Paul John Aenis chegou em Porto Velho, em 1922. Veio disposto a desbravar e avançar na conquista de vidas para Cristo, consciente das árduas adversidades a que teria que se atrelar: ora as moléstias típicas da região inóspita, ora as agruras climáticas, sem, contudo, o fazer recuar. Em sua paragem no Madeira-Mamoré, encontrou se com José Marcelino da Silva, natural da Paraíba e membro da Igreja de Belém, homem simples que ganhava a vida como pintor de paredes, mas um servo de Deus que demonstrava disposição em servir e anunciar o Evangelho. Sobre estes dois servos de Deus Silva(1996) escreveu que Não há registro sobre o local onde Paul John Aenis se congregara com José Marcelino da Silva, Manoel de Jesus Melgaço, José Joaquim da Silva, Maria da Conceição e Rosa Lucas da Silva, cujo amor à causa de Cristo o tornara terceiro Pr. do município amazonense de Porto Velho, que viria, mais tarde, se tornar a capital do Território Federal do Guaporé, abrangendo uma extensa área de 43.513 Km, que é hoje o Estado de Rondônia. 

A partir de então a igreja floreou e, em 1926 foi construído o primeiro templo da Assembléia de Deus na região, sob o então pastorado do Pr. Manoel Cezar da Silva. “Fundaram congregações em todo núcleo populacional, desde Sto Antônio até as angusturas do rio Guaporé” (Silva, 1996). 

Em 13 de setembro de 1943 foi criado o Território Federal do Guaporé o que facilitou a implantação de novas políticas governamentais voltadas para o desenvolvimento da região, principalmente investimentos em trabalhadores braçais, o que requeria a busca por povoar o território. Em 1944, o Governo Federal define os limites do Território Federal do Guaporé. A área de abrangência do recém criado território é estabelecida em 1945, ficando os municípios de Porto Velho (criado pelo governo do Amazonas em 1914) e Guajará-Mirim (criado pelo governo do Mato Grosso em 1928). Essa divisão estendeu-se até o ano de 1977, quando então são criados novos municípios. Silva (1996) escreveu que essa divisão trouxe a esses dois municípios o título de serem os maiores do mundo. Isso, consequentemente, legou aos religiosos vultosas dificuldades, principalmente aos assembleianos, que sofriam as conseqüências por empoarem o estandarte da fé cristã a pais que ainda guardava em seu peito, principalmente dos governantes e administradores, o ranço perseguidor à fé cristã evangélica; fruto da inquisição católica romana que outrora era somente seu o direito ao culto religioso. 

Essa busca administrativa por desenvolvimento fez com que o território alargasse suas conquistas na atração de novos habitantes, pois a cada dia pessoas chegavam, principalmente do Nordeste, para a extração do látex. De norte a sul, leste a oeste, a densa floresta amazônica recebia em seu rincão a formação de novos povoados, desde Vilhena até o distrito de Calama ou os que adentravam mais a noroeste, do Igarapé Taquara até aos contornos do rio Guaporé. Os evangélicos, mesmo sendo perseguidos pelo catolicismo romano, também cresciam, principalmente os da Assembléia de Deus que chegavam de mudança ou que recebiam Jesus como Salvador de suas vidas já em solo territorial. Nesta década a igreja Assembléia de Deus foi pastoreada pelo Pr. Juvenal Roque de Andrade que logo depois de sua posse foi substituído pelo Pr. Francisco Vaz Neto. Este, com uma visão voltada para a evangelização esforçara-se por exercer um ministério dinâmico, voltado para a difusão do Evangelho de Jesus Cristo. Nessa época, as igrejas dos municípios de Guajará-Mirim e Porto Velho ficaram sob a responsabilidade da CONVENÇÃO ESTADUAL DO PARÁ.

A década seguinte ressurgiu, já nos primeiros momentos pós-guerra, trazendo mudanças econômicas a todo povo da Amazônia. A borracha nativa ganhara concorrentes, principalmente com a fabricação da borracha sintética pelas grandes potências do continente Asiático. “Acre e Rondônia, em que pese às muitas dificuldades, contorciam-se insistindo na coleta do látex, sobrevivendo às duras provas impostas pela trama urdida pelos cartéis que buscavam o enfraquecimento econômico da Amazônia, impondo-lhe preço pouco animador à borracha” (Silva, 1996). Não obstante, a igreja do Senhor Jesus marchava, nem mesmo a redução de membros em conseqüência da queda econômica proveniente da baixa do preço da borracha que veio forçar a mudança de muitos membros para outras regiões do Brasil, impediu o avanço do Evangelho. Mesmo com todas as dificuldades econômicas, em 1952 é construído um novo templo na Rua José de Alencar sob a administração do Pr. Joviniano Lobato. Nessa época todas as igrejas do território eram dependentes da igreja em Porto Velho, ou seja, a igreja em Porto Velho direcionava e supervisionava os trabalhos que acontecia na vasta região territorial. E esta, por sua vez, estava submissa à convenção paraense. 

Outra fase que consideramos um marco histórico que contribuiu para o crescimento da igreja do Senhor em Rondônia e institucionalização da convenção de obreiros inicia-se a partir de 1953. Foi neste ano que o Pr. Leonardo Severo da Luz deixa a igreja no Pará para assumir o pastorado da igreja em Porto Velho. Deixou seu Estado natal no dia 16 de Julho de 1953 e viajou por 26 longos dias. Depois de sofrida viajem chega ao destino almejado. Cinco dias após sua chegada, dia 17 de Agosto de 1953, em ato solene, estando presente o Ministério da Igreja, recebe do então Pr. Benjamim Matias Fernandes, todas as responsabilidades referentes ao pastoreio do povo de Deus nesta nova e inóspita região que acabara de conhecer. Seu coração ardia no anseio de divulgar as Boas Novas do Evangelho. Poucos dias depois de sua chegada, iniciou uma visita às congregações interioranas. Tal era o seu amor em falar das maravilhas de Jesus que escreveu parte desse trajeto em seu livro (1996) onde não esquecera de mencionar suas visitas a Jacy-Paraná, Fortaleza do Abunã e Guajará-Mirim e lugares outros, ora viajando de trem, através da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, ora em pequenas embarcações fluviais com motor de popa. “Fazia-se necessário ampliar o campo de trabalho até os limites daquela Unidade da Federação, no sentido Norte-Sul, em direção ao Estado de Mato Grosso, subindo os rios Mamoré e Guaporé”. (Luz, 1996). O Evangelho de Jesus expandira-se pelos lugares habitados do território. O povo de Deus crescera e, mesmo com as perseguições do catolicismo romano, a Palavra era semeada, novas igrejas eram plantadas. 

No dia 02 de novembro de 1974, a Convenção Estadual dos Ministros das Assembléias de Deus do Estado de RO foi registrada em cartório como entidade de cunho filantrópico e caráter religioso; intitulada como pessoa jurídica com a finalidade de promover a união e o intercâmbio entre as Assembléias de Deus no Estado de Rondônia. Essa foi mais uma brilhante conquista desse abnegado servo de Deus. Tal foi o reconhecimento da Convenção Estadual Rondoniense acerca dos trabalhos prestados por esse homem de Deus que, no aniversário

fonte: Livro CEMADERON 1ª Ed. 2008

Biografia Pastor Nelson Luchtenberg/ Presidente da Cemaderon

No dia 02 de Junho de 1952, nasce na Cidade de Rio do Sul / Santa Catarina, Nelson Luchtenberg, filho de Rodolfo Luchtenberg e Francisca Luchtenberg, onde viveram até seus cinco anos de idade.

Aos dois anos, o menino Nelson foi acometido de uma enfermidade incurável, mas recebeu a cura Divina instantaneamente, enquanto sua mãe e o Pr. Arthur Montanha oravam por ele, numa reunião de oração domiciliar.

O maior sonho e desafio de sua infância era andar de bicicleta, mas teve sua primeira tentativa um tanto ofuscada; a bicicleta não tinha freio, e, conseqüentemente, acelerado pelo embalo de uma descida, foi parar embaixo de uma vaca. Este é um dos momentos de sua vida que relembra com humor…

Em 1957, a família Luchtenberg transfere residência  para Tuneira do Oeste-Pr. onde viveram e trabalharam na própria fazenda. Neste local, Nelson iniciou seus estudos e concluiu a 2ª série primária. Mas, para que os filhos prosseguissem em seus estudos, o casal Rodolfo e Francisca mudaram para Curitiba, local que Nelson encerrou a 3ª e 4ª série do Primário, em 1965.

No ano de 1966, a família muda-se para um sitio em Tapejara-PR, passando industrializar fécula trabalho árduo que desenvolviam, em família.

Pelo fato de receber instruções bíblicas e de pertencer à família evangélica, decide por escolha própria se submeter ao Batismo em águas e passa a participar com afinco e dedicação às atividades da Igreja local ,mantendo sua simplicidade oriunda de familia simples, porém, com muita graça de Deus e demonstrando uma firma liderança.

Fato curioso:

Ainda na adolescência fluía de seu interior um grande desejo de pregar o Evangelho, e como tinha que percorrer uma trajetória diária no interior de uma mata virgem, para ir à escola, aproveitava o silencio e solidão da mata para pregar o evangelho em voz alta em cima de seu cavalinho branco (seu único ouvinte) não sabendo ele que tudo estava sendo preparado por Deus para ser colocado em pratica em um futuro que lhe aguardava.

Em 1972, aos 20 anos, conclui o curso de Magistério, quando, então, seu pai lhe outorga a escritura pública de emancipação, pois era responsável o suficiente para administrar os bens da familia.

Ingressou na faculdade de Filosofia, Ciências e Letras na Cidade de Umuarama e em 1975 conclui o curso, Licenciando-se em Estudos Sociais.

No ano de 1976, chega ao Território de Rondônia com sua família firmando residência na Cidade de Vilhena.

Em Rondonia exerceu varias funções tais como:

  • Professor
  • Sócio- Gerente da Firma Remac
  • Colaborou na instalação do Banco Bamerindus
  • Secretário de Administração e Finanças da Prefeitura de Vilhena
  • Substituto do Prefeito por várias ocasiões
  • Empresário na área moveleira

Finalmente os planos de Deus são concluídos quando em 18 de Dezembro de 1987 é ordenado a Pastor pela CEMADERON, e assim inicia outra história brilhante, que é presenciada pelos Rondonienses, de um homem justo em suas ações, sério em suas atitudes, equilibrado nas decisões, companheiro, amigo, leal, chora com os que choram e alegra com os que se alegram bom pai, fiel esposo, nosso querido Pastor Nelson Luchtenberg, Patrimonio Das Assembléias de Deus em Rondônia.